segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Comunicação e novas relações de trabalho

Analisando a década inicial dos anos 2000, pudemos observar que as organizações voltaram a se reestruturar por constantes aquisições e mesmo fusões, impulsionadas, sobretudo, por uma nova crise financeira global. Lidar, por exemplo, com a comunicação organizacional, quando duas organizações passam por um processo de fusão e assumem uma única identidade, requer, hoje, um rápido aprendizado dos gestores de comunicação organizacional e de relações públicas.

Não é de um dia para o outro que nascerá uma nova cultura organizacional. É um processo de amadurecimento e que será facilitado pelas novas relações de trabalho em que o diálogo representa a forma de tornar o ambiente um estimulador para um mecanismo cooperativo. Julgo importante deixar claro que o apresento aqui como referência a “relações de trabalho” é o sentido de como as pessoas na organização estabelecem seus relacionamentos, os quais, de certa forma, dependem de processos comunicacionais bem definidos e estruturados.

Nas organizações empresariais, os processos de comunicação são mais que maneiras de perpetuar e disseminar a cultura da empresa, repassando aos seus elementos os padrões aceitáveis e válidos de estruturação do trabalho, de resolução de problemas e de relacionamento interpessoal. São também formas pragmáticas de estabelecer e fazer cumprir objetivos e metas. Ou seja, ao proceder à estruturação de um grupo de trabalho, o que se organiza é o fluxo de informações relativas aos processos da empresa voltados ao cumprimento de seus objetivos.

Se há metas a serem cumpridas, deve-se compreender a missão, a visão e os valores da organização e como se dá a sua atuação no relacionamento com seus stakeholders. O diálogo cooperativo contribuirá – e muito – para o aperfeiçoamento de processos e alcance da qualidade necessária para produtos e serviços, sem uma dependência direta de metodologias ou modismos infundados.

Analisar e acreditar no potencial dos colaboradores de uma organização é uma das formas de se chegar aos objetivos desejados. É preciso, assim, conhecer como a nova geração de trabalhadores pode contribuir nesse contexto e integrá-los também à prática colaborativa com outras gerações. Entre os meios mais competentes para isso, deve-se priorizar a valorização da comunicação interna, em que o diálogo seja continuamente estimulado para um ambiente mais cooperativo.

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