A ética é um conjunto de regras, princípios ou maneira de pensar e expressar. Vários pensadores em diferentes épocas abordaram especificamente assuntos sobre ÉTICA: os pré-socráticos, Aristóteles, os Estóicos, os pensadores cristãos (Patrísticos, escolásticos e nominalistas), Kant, Espinoza, Nietzsche, Paul Tillich etc. O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e responder a seguinte pergunta: "Como devo agir perante os outros?"
A ética se dá e se constrói nos relacionamentos da organização com seus públicos e nos processos comunicacionais e organizacionais, razão precípua da atuação de comunicadores organizacionais. O papel do profissional da comunicação está em saber o que comunicar e como comunicar o relevante aos indivíduos que possuem relacionamentos com a organização. Como as organizações estão cada vez mais focadas em garantir a credibilidade de suas ações e a legitimidade de seus negócios, a ética passou a ser a base na tomada de decisão. Esta preocupação demonstra uma oportunidade nos estudos da comunicação organizacional.
O papel do profissional de comunicação construir políticas de comunicação com responsabilidade social e que esta ação, juntamente com a de promover abertura de canais efetivos de diálogo, comporão as condições indispensáveis para viabilizar o processo interativo e as mediações entre as organizações e seus públicos, a opinião pública e a sociedade em geral. Neste sentido, a negociação é o instrumento básico para o relacionamento harmônico e eficaz. Seu exercício contínuo, em todos os níveis, é que vai dar consistência e caráter à gestão participativa e à democracia na empresa.
O objetivo deste profissional deve ser colaborar para o cumprimento da missão da organização, e entende-se que a consecução da missão implica decisões, de acordo com premissas técnico-políticoeconômicas, que levem a ações eficazes. A sua atuação será bem-sucedida, se houver a identificação dos públicos da organização de forma coerente, se o planejamento das relações com esses públicos abranger todas as suas demandas e as suas necessidades comunicacionais, visando alcançar os objetivos pretendidos pela organização e a cooperação dos públicos. Para configurar os relacionamentos corporativos, é necessário lembrar que eles provêm das e se ligam diretamente a diretrizes organizacionais, tais como visão, missão, objetivos, valores, cultura e estratégias de curto, médio e longo prazos.
A comunicação organizacional só será eficaz se for reconhecida e sustentada pela alta administração, como uma área estratégica para a gestão da organização, alinhada aos objetivos e metas organizacionais. A postura estratégica do profissional contribui para o reconhecimento tanto da profissão como da atividade de comunicar e se relacionar com os públicos. O papel dessa atividade, como articuladora da comunicação, só será desempenhado de forma plena, se conseguir conquistar a confiança de todos os públicos da organização, em benefício dos interesses coletivos. É evidente que os profissionais jamais poderão colocar como prioridade os seus interesses pessoais em detrimento dos interesses dos públicos com que lidam.
As organizações devem ter entre os objetivos de comunicação o de buscar o equilíbrio entre os seus interesses e os dos públicos a elas vinculados. Esses objetivos só serão alcançados, se a comunicação for planejada de forma estratégica, utilizando técnicas de relacionamentos e meios específicos, devidamente selecionados, e integrando todas as atividades comunicacionais, dentro de uma filosofia de comunicação organizacional integrada.
A comunicação organizacional proporciona interações com outras atividades, para viabilizar os negócios da organização. É evidente que o profissional de comunicação está inserido nesse contexto, como gestor dos relacionamentos, com o intuito de concretizar ações que visem promover oportunidades de encontro, diálogo e negociação entre atores sociais. A forma de estabelecer ou manter os relacionamentos entre a organização e os seus públicos passa a ser o desafio dos profissionais de relações públicas, na busca de condições favoráveis para conseguir compreensão e apoio da opinião pública e para manter um permanente clima de negócios na interação da empresa com seus diferentes públicos.
Ao dispor da função de estimular e ampliar o diálogo, para permitir que os anseios de seus públicos sejam ouvidos e sejam atendidos, as atividades de comunicação organizacional possibilitam a construção de relacionamentos efetivos e duradouros que criam o vínculo com a organização. A atuação junto à alta administração envolve desde a disponibilização de canais de comunicação com todos os públicos, num processo de compartilhar contínuo, até o gerenciamento de todo o relacionamento que a organização precisa estabelecer para se manter atuante no mercado. O objetivo é conduzir a comunicação organizacional tanto no nível do entendimento, como na persuasão nos negócios. O ponto de partida é a criação de uma filosofia global, corporativa e integrada de comunicação, para orientar e dar sentido a todos os relacionamentos organizacionais.
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