A base das transformações vividas pela sociedade está na informação. É esta que permite ao homem conhecer a realidade e agir sobre ela. No sentido mais comum, informação refere-se à obtenção e circulação de conhecimentos sobre objetos. Tanto remete à redução ou remoção de incerteza, como é um insumo do processo de tomada de decisão. Em ambos os casos, a informação constitui um recurso que agrega valor a processos e a produtos.
A informação não se refere a conteúdos, mas sim ao modo como estes entram (ou não) na circulação, pela comunicação. Nestes termos, a informação não diz respeito à transmissão de conteúdos. Seu domínio é o da seleção daquilo que terá valor significativo e que, com base nesse valor, comporá o campo dos conteúdos aptos a integrarem a comunicação. A informação torna-se valiosa, porque alguém contextualizou, atribuiu significado, interpretou-a.
É inegável que na contemporaneidade a disponibilização de informações foi facilitada pelas possibilidades de interação oferecidas pelos novos dispositivos de comunicação simultâneos, portáteis e interativos. Com isso, a participação do homem na sociedade e as formas de comunicação se ampliaram e fortaleceram-se os conceitos de interatividade, interconexão e interrelação, agora calcados no padrão digital. O indivíduo informado, por sua vez, requer cada vez mais participação, nos contextos social e organizacional, o que vem sendo considerado nas modernas teorias de gestão e valorizado nos processos comunicacionais.
Impactadas pelas alterações do macrocontexto, as organizações têm estado atentas aos relacionamentos com seus públicos, base de seu sucesso e perenidade no mercado. Com significado renovado, os relacionamentos da organização com seus empregados, clientes, fornecedores, enfim, com seus múltiplos públicos, devem basear-se na ética e nos valores contemporâneos. Busca-se, assim, um novo relacionamento em que todos são considerados parceiros, participam do negócio e procuram soluções que sejam boas para ambas as partes. Essa é a visão que norteia, hoje, as políticas de comunicação das organizações.
No que respeita as organizações, são evidentes as interfaces e a dimensão estratégica da informação e da comunicação, já que essas são determinantes no cotidiano e no êxito de qualquer empreendimento, influenciando os resultados econômicos. Para as organizações “informação estratégica” é aquela capaz de melhorar o processo decisório em função da sua capacidade de reduzir o grau de incerteza em relação às variáveis que afetam a escolha das melhores alternativas para a superação de desafios e o alcance dos seus objetivos. As organizações que desenvolvem a capacidade de adquirir, interpretar e disponibilizar informação e conhecimento elevam sua competitividade, atribuindo à comunicação posição estratégica, já que esses bens são produzidos e consumidos através dos processos comunicativos.
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