As organizações têm buscado melhorar o ambiente físico interno, a relação com seus colaboradores e têm dado mais atenção aos vínculos psicológicos dos membros com a organização, a fim de que sejam obtidas maior qualidade, produtividade e competitividade.
O público interno, além de ser responsável pela produtividade da empresa, também assume a função de porta-voz empresarial, pois, muitas vezes, está em contato direto com o consumidor, sendo uma peça fundamental na construção de uma boa imagem da empresa, o que depende, em grande parte, de seu engajamento e do grau de envolvimento com a instituição.
As empresas necessitam de programas e estratégias que, além de valorizar e motivar seu quadro funcional, auxiliem no desenvolvimento pessoal e profissional, a ponto de transformá-lo em diferencial competitivo para a organização. O desenvolvimento de ações que visam a melhorar o desempenho individual e coletivo pode assegurar um aumento de produtividade e uma maior competitividade no mercado. A gestão de recursos humanos, do ponto de vista quantitativo prioriza a racionalidade e a estratégia do negócio, enquanto sob o aspecto qualitativo, dá importância à comunicação, motivação e liderança, em que se tem uma força de trabalho altamente motivada e fiel à empresa.
Pessoas comprometidas exercem esforços consideráveis para que os objetivos da empresa sejam alcançados e estão mais aptas a desenvolver a valorização de si próprias, a auto-realização e o desenvolvimento pessoal. O comprometimento representa a identificação do empregado com a empresa e apresenta-se, hoje, como uma vantagem competitiva visto que, na busca permanente por qualidade e eficiência, as organizações necessitam do investimento das pessoas no trabalho.
Um grupo comprometido é um recurso disponível para levar adiante os objetivos da empresa, pois o comprometimento é uma disposição a agir uma vez que ele subentende uma forte identificação da pessoa com os valores da organização, a vontade de exercer esforços consideráveis e de permanecer como membro. Já a falta de comprometimento organizacional contribui para o aumento dos índices de rotatividade e absenteísmo.
Buscando reverter essa situação, as empresas têm dado especial atenção à área de gestão de pessoas e os novos modelos gerenciais buscam utilizar plenamente a capacidade de seus colaboradores, que se tornaram peças fundamentais para o sucesso empresarial. Há um conjunto de práticas-chave para o comprometimento, como valores people-first (as pessoas em primeiro lugar); diálogos de mão dupla; comunhão; mediação transcendental; contratação baseada em valor; segurança; recompensas extrínsecas palpáveis; e realização.
O comprometimento da força de trabalho é um requisito fundamental para acompanhar as mudanças organizacionais, já que flexibilidade requer responsabilidade individual e co-responsabilidade entre indivíduos e equipes. Como fator decisivo nesse processo de envolvimento está a comunicação em todos os níveis. O processo de comunicação reveste-se de importância ímpar quando se pensa numa organização como um conjunto de esforços humanos organizados, pois o resultado final não será alcançado por uma só pessoa. Todos os resultados alcançados pela organização são frutos do esforço de toda a equipe ou funcionários.
As constantes mudanças no mercado demandam que haja uma conexão entre organização e empregado, devendo a comunicação ser um catalisador de informações que favoreça a identificação do indivíduo com os objetivos da organização e o seu comprometimento. A comunicação é fator crítico no engajamento e retenção de funcionários, provocando mais satisfação do que premiações ou bônus. Uma comunicação efetiva tem implicações diretas no comprometimento. Grandes empresas apresentam alto nível de comprometimento e utilizam o fluxo de comunicação contínuo e recíproco para conquistar a confiança dos colaboradores.
A comunicação interna tem objetivos específicos, como: alterar o comportamento dos funcionários, promovendo o compromisso e a lealdade para com a organização e focalizar na tarefa e priorizar a melhoria dos serviços ou dos processos de produção. A abertura, a sensibilidade e os esforços honestos da gerência para melhorar a comunicação interna são pré-requisitos importantes para a produtividade, as relações, a qualidade da empresa e também para a sua cultura de Employeeship.
A tarefa da comunicação interna é desenvolver mensagens que influenciem o comportamento dos empregados, focalizando qualidade, produtividade e moral, mas não se pode esquecer que o compromisso da administração superior é imprescindível para dar credibilidade a todas estas ações. A comunicação deve ser ética e responsável, o que significa que as pessoas devem interagir, participar, emitir opiniões para permitir o enriquecimento de seus colegas e da própria organização. Este enriquecimento não deve ser visto apenas como maiores lucros para a empresa, mas como crescimento pessoal e profissional para todos os que se envolvem no processo.
Para tanto, as ações de comunicação interna devem ser rigorosamente planejadas, acompanhadas, controladas e avaliadas para que sejam obtidos os resultados esperados. O conteúdo da informação deve ser ajustado ao colaborador a que se destina, devendo ser assegurada abertura e canais para que haja feedback. Ao proporcionar a reunião das partes distintas da organização, ela se faz presente na constituição de relações de responsabilidade, confiança e credibilidade e, principalmente, no planejamento de ações que vislumbram o alinhamento do pensamento do empregado ao do empregador. Quanto maior for o envolvimento do funcionário maior será o seu comprometimento.
A democratização interna da informação permite que os funcionários saibam mais sobre a empresa, seus processos, produtos/serviços, mercados, metas e desafios, desta forma, eles sentem-se parte do processo e, provavelmente, ficam mais comprometidos e motivados. As ações de comunicação contribuem para que haja cooperação, trabalho em equipe e maior envolvimento dos colaboradores, pois ativa as relações interpessoais, o que é imprescindível para a criação de um bom clima organizacional.
É preciso criar um ambiente interno no qual informação, conhecimento e competência fluam livremente para que existam comprometimento pessoal e autodesenvolvimento, aspectos que contribuem para um crescimento organizacional. A comunicação é utilizada para preservar a identidade da organização e manter a harmonia empresarial, já que o fluxo de mensagens compõe o processo de relacionamentos dentro da organização.
A comunicação interna é um instrumento importante no fortalecimento do comprometimento dos recursos humanos e deve atender às necessidades e expectativas dos funcionários. No entanto, a visão sobre o empregado não deve ser apenas de um instrumento capaz de gerar resultados, mas de uma pessoa que necessita ter qualidade profissional e satisfação pessoal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.