terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Comunicação e sustentabilidade social

A comunicação organizacional objetiva, por natureza, harmonizar relações entre a organização e seus diversos públicos, administrando relacionamentos e mediando conflitos e controvérsias por meio do diálogo, baseado em princípios que compõem valores éticos e a transparência.


É bastante comum que a sustentabilidade seja vista apenas pelo ângulo ambiental, acredita-se ser efeito dos fortes apelos dos ambientalistas na busca de salvar o planeta com ações voltadas para o meio ambiente e a disseminação do conceito das atitudes ecologicamente corretas, o que de fato faz parte, porém não se pode esquecer os pilares que constituem a sustentabilidade, que são as pessoas, o meio ambiente e o lucro, como defende o conceito do triple bottom line criado por John Elkinton.

Porém, não se pode esquecer-se do pilar social, no qual a comunicação organizacional pode atuar de forma ampla, pois trata legitimamente das relações sociais, ou seja, o seu foco principal é o pilar social, o que compreende as relações humanas, por meio da função social natural da atividade.

Portanto, a área de comunicação no âmbito da sustentabilidade irá atuar no reconhecimento das organizações, não mais apenas como geradoras de produtos ou serviços, caçadoras incessantes de lucros, mas sim, como unidades sociais que têm também o papel e obrigação de promover a cooperação para o bem-estar social, isto é, na promoção de sustentabilidade social.

Trata-se de uma mudança de postura, não se trata exatamente de melhorar a vida das pessoas individualmente e sim de contribuir para a criação de ambientes que favoreçam o seu desenvolvimento humano e social.

As organizações precisam abandonar os perfis que atendem às demandas sociais de maneira pontual e impessoal, internalizando definitivamente conceitos de responsabilidade coletiva e começarem a trabalhar de uma maneira mais efetiva beneficiando a todos aqueles que direta e indiretamente interagem com ela.

Muitas organizações já aderiram a práticas fundamentadas na chamada cidadania empresarial, desenvolvendo ou apoiando sérios projetos sociais e culturais envolvendo a comunidade e o público interno, a gestão da diversidade de gênero e étnicas, a inclusão de pessoas com deficiência, entre outros, e o melhor, por iniciativa própria, estas organizações vão além do cumprimento legal e sem que sejam obrigadas pela legislação, por questões estratégicas ou não.

A comunicação possui uma relação muito estreita com este novo momento que as organizações estão vivenciando, pois, por meio da habilidade que possui de sensibilizar, pode conseguir incorporar novos valores e realizar planejamentos a longo prazo que corroborem com o bem-estar da sociedade, pois é uma atividade baseada em princípios éticos e de solidariedade humana, aspectos que fortalecem a promoção do capital social e da sustentabilidade social nas organizações.

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